O "bonito serviço!" e eu :-) agradecemos hoje a todos os que estiveram ao nosso lado e fizeram parte deste projecto nestes 20 anos! Venho hoje dizer-vos que não vou pintar mais louça.
Garanto que não é uma decisão precipitada ou irreflectida e que custou mesmo, mesmo muito, a sair de cá de dentro.
Fico com o coração tranquilo quando me lembro de tantas histórias. E sei que fiz muita gente feliz, por esse país fora e por alguns outros cantos do mundo, mas principalmente eu, fui muito feliz.
Foi uma grande aventura, um desafio constante. Tantas dúvidas, outras tantas certezas.
A vida dá tantas voltas e não consigo dizer ao certo porquê, nem tenho a certeza de que um dia não mude de ideias, mas neste momento preciso mesmo encostar esta porta. Faz parte do caminho. Não foi fácil chegar aqui e não estou tão inspirada para escrever como noutras vezes.
Estarei aqui na mesma, a ilustrar coisas, mas em papel. Ou paredes, móveis, tecidos, o que for preciso! :-) prometo actualizar a minha pagina wix e recebe-los por lá de braços abertos.
um abraço e até já ;-)
margarida
trinta e um de maio de dois mil e dezanove
Livro ilustrado
O meu primeiro desenho, pelo menos o mais antigo que está guardado, não tem data escrita, mas adivinha-se que terá pelo menos 40 anos. Desenhei cadernos, blocos, folhas de papel de vários tamanhos e em numero incontável, pintei telas, azulejos, móveis, paredes, roupa, cartazes.
Há mais ou menos 16 anos que comecei a ilustrar louça.
Houve uma altura em que achei que as canecas estavam cansadas e pintei mais papel, mais paredes, mais móveis, mas também pintei jogos, costurei cenários, personagens, adereços e figurinos.
Este ano convidaram-me para um novo desafio.
Ilustrei um livro :)
A história é de Odete Ferreira
e fala de amor e amizade, de conquistas e obstáculos, de pudins e jibóias.
E o resto fica para vocês descobrirem.
É editado pela Soberania do Povo.
Vai ser apresentado na Biblioteca Municipal Manuel Alegre, em Águeda,
no próximo dia 13 de maio, às 18 h.
Está inserido no festival i da d'Orfeu.
Este é o primeiro livro que ilustrei.
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turminha "fui eu que fiz"
Os desenhos de criança são um dos trabalhos que mais me pedem. E são também um dos meus preferidos :) eu adoro TUDO o que me enviam, desde os rabiscos abstractos às composições mais elaboradas. Reproduzir os desenhos dos mais pequenos nem sempre é tão fácil como pode parecer. O traço em si é simples mas o uso da cor... nem por isso. Há crianças que preferem o monocromático, que fica muito bonito e pode simplificar muito a reprodução, mas a maioria escolhe TODAS as cores que tem disponíveis e usa-as em tracinhos espalhados pelo desenho todo, o que é uma dor de cabeça :) mas o resultado é sempre maravilhoso e compensa todo o trabalho que deu. Quando se trata de reproduzir não 1 desenho mas 26 de uma só vez, não sei se imaginam o que acontece... :)
Foi o que uma turma de pré-escolar de uma instituição em Lisboa, me enviou. Cada um dos 26 meninos fez um desenho, representando a si próprio, e o seu nome. Com a ajuda da porta-voz dos pais dos meninos, escolhemos as peças e a melhor maneira de concretizar o que tinham imaginado. A peça com os desenhos, uma saladeira, foi oferecida à educadora, no final do ano lectivo (e final do pré-escolar para essa turma) e ás auxiliares da sala foram oferecidos pratos de bolo com as "assinaturas" deles. Uma prenda para não esquecer ;) como também não se esquece o carinho e dedicação de quem cuida dos nossos filhos.
Hoje mostro-vos essas peças, mas também um pequeno "making of" do processo de pintura, para os mais curiosos :)
Foi o que uma turma de pré-escolar de uma instituição em Lisboa, me enviou. Cada um dos 26 meninos fez um desenho, representando a si próprio, e o seu nome. Com a ajuda da porta-voz dos pais dos meninos, escolhemos as peças e a melhor maneira de concretizar o que tinham imaginado. A peça com os desenhos, uma saladeira, foi oferecida à educadora, no final do ano lectivo (e final do pré-escolar para essa turma) e ás auxiliares da sala foram oferecidos pratos de bolo com as "assinaturas" deles. Uma prenda para não esquecer ;) como também não se esquece o carinho e dedicação de quem cuida dos nossos filhos.
Hoje mostro-vos essas peças, mas também um pequeno "making of" do processo de pintura, para os mais curiosos :)
Esta é a peça dos desenhos finalizada :)
Este é o prato de bolo com os nomes dos meninos.
Agora o "making of":
Este é um dos primeiros passos do processo.
Os desenhos são impressos em papel com o tamanho adequado à peça.
O papel é recortado e posicionado com fita cola na peça.
Neste caso, a toda a volta da saladeira, com espaços iguais entre eles.
Todos os desenhos são cuidadosamente copiados para a peça, sem deixar escapar nenhum tracinho, por muito pequenino que seja. Isso é feito com a ajuda de um papel químico especial para cerâmica.
Este é o aspecto com que fica a peça, com todos os desenhos copiados.
Os traços cinzentos servem de guia para a pintura, mas os originais nunca saem de perto!
Depois é paciência.
Pintar uma cor de cada vez, sem deixar escapar tracinhos.
Por vezes todos os dedos das mãos têm cores diferentes! Estes têm em média, 10 cores por desenho. A peça é grande, pesada, e tem desenhos a toda a volta, por isso é preciso atenção extra para não estragar nada durante o processo, ao pegar , ao rodar, ao mexer.
O processo pode demorar vários dias, já que pode ser necessário fazer intervalos de 1 ou 2 horas para deixar secar algumas cores e ser mais seguro pintar as restantes.
No final, vai a cozer no forno para cerâmica, a cerca de 800º.
Normalmente é necessário uma segunda cozedura para corrigir pequenos pormenores que, no meio de tanta cor e traço, falharam :)
Agora voltem lá a cima para reverem o resultado final! ;)
paredes ilustradas - Valongo do Vouga
Nos painéis centrais, representei alguns momentos em sequência. Quem sobe as escadas, acompanha a "viagem":
- a partida. mar e céu calmos. aves em despedida.
- o mar alto. céu mais agitado.
- a tormenta. mar muito agitado, céu escuro.
- terra à vista. a chegada. aves e plantas. a conquista. erguer o padrão.
- a rosa dos ventos. traçar o mapa. planear nova viagem.
No cimo da escada, junto ao chão pintei um pequeno barco de papel branco, a acompanhar a minha assinatura. Pensei nele durante todo o tempo que trabalhei para este projecto. Ele tem dentro o sonho de viajar, de navegar, de descobrir. E é esse sonho o responsável por aquilo que somos hoje e pelo que escolhemos ser amanhã. O papel pode ser um mapa, pode ter importantes teorias e ciências de navegação - mas se não o dobrarmos em barco, quando o pusermos na água ele não vai longe.
Da mesma forma, tem que existir um sonho que "dobre" tudo o que aprendemos na escola (e na vida) para que esse conhecimento nos leve mais longe.
O barco que pintei está em branco, espero assim inspirar os meninos desta escola a sonhar e a escolher o futuro deles ;)
(Não posso deixar de agradecer à escola, que me recebeu todos os dias com simpatia e disponibilidade - quer a direcção quer o pessoal de serviço; assim como à Câmara Municipal de Águeda, pela confiança em mais um projecto.)
This is one more wall-illustration project for a school.
The subject was the Portuguese Maritime Discoveries and the selected walls were in the stairs. Two big challenges for sure.
In the five walls on the upstairs way, we can now follow a "journey":
- the departure. peacefully sea and sky.
- the open sea.
- the storm. rough sea. dark sky.
- the arrival. the conquest. rising up the stone pillar.
- the compass rose. the map. planning new journey.
On the top of the stairs, near the floor and along with my signature, I painted a white paper boat. That image was on my head all the time I was working in this project. It holds inside the dream of travel and discover. That dream determine what we are today and what we will be tomorrow. That piece of paper can be a precious map or have important sailing theories and science but, if we don't fold it in a boat shape it won't go far in the water. In the same way, there must be a dream that "folds" all that we learn in school (as in life) so that knowledge can take us further.
My paper boat is blank. Hoping that way to inspire these students to write down their dreams and choose their future.
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margarida
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ser mãe
Sobre ser mãe. A minha. E eu.
as mães são ambiciosas:
A minha mãe fazia um bolo todos os fins de semana. Às vezes tentava escondê-lo para não o comermos antes da hora e um dia esqueceu-se de um dentro do armário da sala durante semanas.
as mães são benevolentes:
Cá em casa fazemos um bolo ao fim de semana, e há taças com resto de massa pra rapar, e às vezes comemo-lo ainda quente.
as mães são madrugadoras:
A minha mãe levantava-se ao domingo às tantas da manhã e fazia arroz de polvo ou de carne com legumes e quando eu acordava já estava a panela embrulhada num cobertor, para não arrefecer, pronta para o almoço de um dia passado no campo.
as mães são aventureiras:
Os nossos pic nics acontecem sem planeamento nem aviso prévio, sem destino certo - às vezes é na praia, outras no rio, outras no jardim ao pé de casa - e é sempre sandes de vê-lá-o-que-é-que-há-no-frigorifico ou de compra-se-qualquer-coisa-no-caminho, fruta, iogurtes e bolachas. E batatas fritas.
as mães são generosas:
A minha mãe fez-nos, durante anos, camisolas de malha quentinhas, às riscas de cores indiferenciadas ou motivos geometricos e estética duvidosa - se bem que falando de anos 70/80 o duvidoso é perfeitamente explicável.
Mas na minha adolescência foi promovida a costureira-heroína e partiu umas quantas agulhas da máquina, ao fazer-me umas calças jardineiras perfeitas, em ganga, com botões metálicos e tudo, que ninguém acreditava terem sido feitas em casa.
as mães são impacientes:
Eu consegui tricotar um cachecol e meia camisola. Faço uns remendos muito bonitos para recuperar roupa com manchas teimosas.
as mães são determinadas:
A minha mãe tem o dom de conseguir plantar tudo o que lhe apetece, e passear no quintal dela ou visitar o jardim botânico é quase a mesma coisa.
as mães são distraídas:
Na minha varanda só sobrevivem os cactos e mesmo assim se forem resistentes.
mãe é mãe:
A minha mãe ensinou-nos com palavras mas principalmente com actos. Nunca baixou os braços perante as dificudades, e foram tantas. Nem sempre nos entendemos, mas nunca nos chateamos por muito tempo. Ela errou, talvez. Eu errei, talvez. Acertámos. Corrigimos. Respeitámos.
Ser mãe é acordar e ter a certeza que esta é a melhor parte de nós.
Obrigada Mãe. Obrigada filhas.
About being a mother. Mine. And me.
Mothers can be ambitious.
My mother used to bake a cake every weekend. Sometimes she tried to hide it from us and one day she forgot one in a closet for weeks.
Mothers can be benevolent.
In my home we bake a cake every weekend and there’s always bowls with batter leftovers to lick, and sometimes we don’t wait until it cool down to eat it.
Mothers can be early risers
My mother used to wake up really early at Sundays to cook a vegetable and meat rise so when we woke up the pan would be already wrapped in a blanket to keep it warm for our lunch in the countryside.
Mothers can be adventurous
Our picnics happens without any previous plans or warnings, and no certain destination either – sometimes we pick the beach, others the river, others the park near home – the lunch is like whatever-is-on-the-fridge sandwiches or we-can-buy-something-on-the-way, fruit, yogurts and cookies. And chips for sure.
Mothers can be generous
My mother would knit for us, year after year, wool sweaters, with colored stripes or geometrical figures in that questionable-kind-of-style-but-perfectly-explainable 80’s fashion.
But in my teenage years my mother was promoted to super hero by making me a pair of classic overalls jeans, with metallic buttons and all, that no one ever believed were home made.
Mothers can be impatient
I manage to knit a scarf and half a sweater so far. But I can make cute patches to recycle clothes with stubborn stains.
Mothers can be determinate
My mother has a gift for gardening and walking through her backyard is like visiting the National Botanical Garden.
Mothers can be distracted
In my balcony only cactus survives. The tough ones.
A mother is a mother.
My mom taught us with words but mostly with actions. She never gave up facing life’s obstacles, even when they were too many. We didn’t always get along in harmony but we never keep upset for a long time. She was wrong, sometimes, maybe. I was wrong, sometimes, maybe. We fix it. We respect it.
Being a mother is waking up knowing for sure that is the best part of ourselves.
About being a mother. Mine. And me.
Mothers can be ambitious.
My mother used to bake a cake every weekend. Sometimes she tried to hide it from us and one day she forgot one in a closet for weeks.
Mothers can be benevolent.
In my home we bake a cake every weekend and there’s always bowls with batter leftovers to lick, and sometimes we don’t wait until it cool down to eat it.
Mothers can be early risers
My mother used to wake up really early at Sundays to cook a vegetable and meat rise so when we woke up the pan would be already wrapped in a blanket to keep it warm for our lunch in the countryside.
Mothers can be adventurous
Our picnics happens without any previous plans or warnings, and no certain destination either – sometimes we pick the beach, others the river, others the park near home – the lunch is like whatever-is-on-the-fridge sandwiches or we-can-buy-something-on-the-way, fruit, yogurts and cookies. And chips for sure.
Mothers can be generous
My mother would knit for us, year after year, wool sweaters, with colored stripes or geometrical figures in that questionable-kind-of-style-but-perfectly-explainable 80’s fashion.
But in my teenage years my mother was promoted to super hero by making me a pair of classic overalls jeans, with metallic buttons and all, that no one ever believed were home made.
Mothers can be impatient
I manage to knit a scarf and half a sweater so far. But I can make cute patches to recycle clothes with stubborn stains.
Mothers can be determinate
My mother has a gift for gardening and walking through her backyard is like visiting the National Botanical Garden.
Mothers can be distracted
In my balcony only cactus survives. The tough ones.
A mother is a mother.
My mom taught us with words but mostly with actions. She never gave up facing life’s obstacles, even when they were too many. We didn’t always get along in harmony but we never keep upset for a long time. She was wrong, sometimes, maybe. I was wrong, sometimes, maybe. We fix it. We respect it.
Being a mother is waking up knowing for sure that is the best part of ourselves.
Thank
you mom. Thank you daughters
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my precious mom
we love her.
we need her.
must have the precious.
:)
não te esqueças de dizer à tua mãe que ela é mesmo importante para ti
***
be sure to tell your mom how important she's to you
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mãe e pai | mum and dad
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celebrating spring
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Spring is here #2
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spring is here
viemos dar as boas vindas à primavera!
espero que gostem :)
--
welcome spring!
hope you enjoy :)
nova colecção e fotos com a colaboração de
Anabela Teixeira - Openspace
Anabela Teixeira - Openspace
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Abril
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my precious dad
Março e a primavera
Ufa, finalmente chega Março! e com ele...
(torçam, façam figas, rezem, ponham velas, tenham fé, desejem, peçam aos deuses ou a quem quiserem, telefonem, façam danças, façam feitiços ...)
...a maravilhosa e merecida primavera!!!!! ;D
pois então que tenham um belissimo mês!!
let's fall in love #2
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